quarta-feira, 3 de setembro de 2014

               AS MAZELAS DO PERÍODO ELEITORAL, A CAMPANHA
                 E A PROPAGANDA “NÃO VENDA O SEU VOTO”
            Já vem se aproximando mais um período eleitoral.  _Lá vem, novamente, a propaganda obrigatória eleitoral “gratuita”. Essa nomenclatura é bastante contraditória, parece até que o povo acredita no faz de conta. É possível que alguém creia, realmente, que a propaganda veiculada na televisão e nas emissoras de rádio seja mesmo gratuita?  _ Como se nós, os contribuintes, não fôssemos, de uma forma ou de outra, os pagantes por essa tal propaganda eleitoral que durante um longo período é veiculada e que, aliás, pouquíssimas pessoas  se propõem a assistir, salvo, por obrigação os assessores jurídicos dos candidatos e os cabos eleitorais desses candidatos. 
                        A propaganda eleitoral na televisão e no rádio seria apenas  mais um instrumento de campanha, mas torna-se algo até agressivo e repulsivo,  da maneira que se nos impõem, tornando-se mais um entre os muitos despropósitos do período eleitoral que se intensifica, quando a grande maioria dos “pretensos defensores do povo”, salvo raríssimas exceções, mostram a cara, após terem ficado longe do povo, nos gabinetes, entre acordos, conchavos, votações de mirabolantes projetos, emendas e resolvendo suas vidas bem como de seus partidos, apresentando-se como pseudo-defensores do povo. Mas do seu povo, ou seja, de seu grupo e partido em primeiro lugar.
            Diretamente ligado às eleições, não menos relevante que o horário eleitoral “gratuito” é o grande volume de dinheiro público, diga-se de passagem, nosso dinheiro, pois tudo sai da grande carga de impostos que somos obrigados a pagar; dinheiro esse, empregado nas campanhas feitas pelo governo com vistas a convencer os cidadãos e as cidadãs a não venderem seus votos.
            Essas campanhas de conscientização, que geralmente se intensificam no período eleitoral, parecem caras demais para o resultado obtido, que é quase nenhum. Fica muito a quem da eficácia obtida por alguns professores que corajosamente conscientizam seus alunos tentando salva-los da alienação.
            Usar uma campanha feita com sofisticado aparato de marketing, só para dizer ao eleitor que ele não deve vender o seu voto, para a grande maioria dos pobres, desempregados, sem teto e sem pão, que amargam a miséria que lhes é imposta, com grande culpa da classe política. _  Do modo que é feito, nos parece um desperdício. E qual é a eficácia de uma campanha dessas? _ Para ser razoável: quase nenhuma!
             Essas campanhas “Não venda seu voto”, realizada pelo aparelho governamental, a cada período eleitoral tem se mostrado cada vez mais ineficaz. Não comove e nem demove de seus sinistros propósitos o seu público alvo, ou seja, os eleitores empobrecidos e em condições de miséria. _ E qual é esse propósito desse eleitor desamparado? _ Não perder a grande oportunidade que o período eleitoral lhe oferece de ganhar um dinheirinho, usufruir nem que seja de uma migalha dos tantos milhões que são gastos nas campanhas eleitorais. Agindo assim, esses eleitores, antecipadamente, abrem mão de seu direito de se fazerem representar em qualquer uma das esferas parlamentares.
            Ao vender ou trocar o seu voto elegendo políticos descompromissados com as causas sociais _ que aos montes se encontram em nosso meio! _ Os eleitores abrem mão de seus direitos. _Direitos esses que a grande maioria desconhece e, por isso, os trocam por uns poucos reais, por um remédio, por uma conta de luz, um botijão de gás, etc. _Mas é uma única e efêmera vez em quatro anos!  _ E depois o que resta a esses eleitores?  _Mais nada!  _É uma prática ilícita e criminosa, muito mais por parte dos políticos que se beneficiam da miséria alheia. E quem vende o voto, ressalvadas as devidas proporções é tão infrator quanto quem o compra.  Mas, quem pode condenar um pobre ignorante, politicamente falando, que vende o seu voto?
            Podemos pedir veemente condenação a esse pobre miserável eleitor cuja necessidade fala mais alto do que qualquer lampejo de consciência? _ Essa prática vai continuar ocorrendo ainda por muitos anos! _ Porque a Justiça é cega usando apenas o tato ela demora demais para encontrar os culpados e quando os acha, quase sempre,  já é tarde!   _ Como se  pode mudar esse quadro daqui a décadas futuras? _ Só por meio da educação através de seus principais agentes, ou seja, os Professores. Esses podem mudar esse quadro.  E aqueles que estão nas mais altas esferas do poder,  sabem muito bem disso, mas preferem ficar  apenas na teoria. É justamente por isso que encontramos como mazelas do Brasil desvios verbas da educação, professores mal pagos, escolas sucateadas, municípios que há anos não fazem concurso público, mantendo no cabresto os servidores contratados, calando a voz crítica e conscientizadora de muitos professores, pois criticar ou esclarecer aos alunos é sinônimo desemprego. Parece o caos, mas ainda não é!
            _ Ainda há esperança mesmo remando contra as mazelas do sistema, um dia pela educação transformaremos esse Brasil.     
                                   Professor Francisco Poeta
  

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