domingo, 18 de janeiro de 2015

HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA BIBLIOTECA DE MARITUBA

                                        A BIBLIOTECA PÚBLICA DE MARITUBA
        O idealizador da Biblioteca na vila de Marituba, bem antes de ter sido cogitada por qualquer um dos outros moradores de Marituba ilustres ou não, foi o Professor Poeta, no ano de 1989, época em que o mesmo estava iniciando o Curso de Licenciatura em Letras na UFPA e exercia  o cargo de Chefe do Departamento de Cultura de Ananindeua  no primeiro ano de mandato do  então Prefeito Fernando Correa.  Vendo a dificuldade dos estudantes em fazer pesquisas para realização de trabalhos escolares, que tinham que se deslocar para o  Centro Cultural Tancredo Neves (CENTUR). E muitos não iam por dificuldades financeiras, o jovem Professor Francisco Poeta teve a ideia de lutar pela criação de uma Biblioteca Pública na Vila de Marituba e,  uma vez amadurecida a ideia,  convidou alguns alunos e professores da escola Fernando Ferrari para uma reunião no Salão Paroquial da Igreja Matriz do Menino Deus a fim de fazer a exposição da proposta. E assim o fez. Alguns acharam que era era uma ideia muito boa, outros, porém, acharam que não passava de uma utopia, contudo O Professor Poeta levou a ideia ao Prefeito de Ananindeua Fernando Corrêa que não só aprovou a ideia como encarregou o Professor Poeta de tomar as providências  necessárias na tentativa de se criar uma Biblioteca pública em Marituba.
          Inicialmente procurou o Diretor da COPAGRO – Companhia Agropecuária do Estado do Pará (agora  extinta) e que  funcionava no local em que hoje funciona a EMATER em Marituba). A princípio, tendo recebido um ofício com a solicitação  o diretor  demonstrou pouco interesse, pois não queria abrir mão de uma das casas que pertenciam a COPAGRO em regime de sociedade com o Estado mas diante dos insistentes argumentos do então jovem Professor Francisco Poeta  diretor, prometeu pensaria  no assunto propondo que em uma semana daria a resposta após consultar seus assessores. Uma semana depois o Diretor disse que concordaria em abrir mão desde que o Governo do Estado concordasse em também abrir mão de sua parte em uma das casas de propriedade das duas instituição para a instalação da tão sonhada Biblioteca Pública.  O prédio pleiteado fica localizado no centro da vila de Marituba, bem na esquina da praça Matriz na esquina da rua Cláudio Barbosa da silva com a Travessa Raimundo Barbosa Santana, na época da estrada de Ferro era o prédio que abrigava os trabalhadores solteiros que prestavam serviço para a Estrada de Ferro Belém Bragança, posteriormente no período da COPAGRO, o prédio abrigava o Grêmio recreativo dos funcionários da referida empresa.       
        Então seguindo em frente com seu projeto o professor Francisco Poeta  com o aval do do Prefeito Municipal  procurou o Governo do Estado na figura do então Governador  Hélio Gueiros que após leitura de ofício enviado alguns dias antes o recebeu em breve audiência audiência. E no mesmo dia acenou positivamente que disponibilizaria o imóvel solicitado, o que o fez, na presença do Prefeito e do Presidente da Câmara Municipal de Ananindeua Sr. Manoel Antunes  em audiência posterior  ─ 
assim o Estado desapropriou o imóvel. Assim estava consolidada a primeira etapa de um sonho que se tornaria realidade: Marituba teria sua Biblioteca Pública Municipal.
        Após consolidado o processo burocrático para a concretização do sonho distante que se tornava realidade, como nem tudo são flores, houve divergência entre o idealizador da criação da Biblioteca Professor  Poeta e o Prefeito e o Presidente da Câmara, pois  tendo  sido a pessoa que tomou a frente e empreendeu incontáveis esforços para a criação da Biblioteca o Professor Poeta  sugeriu que o nome da biblioteca fosse o da Professora alfabetizadora Júlia Freire, em reconhecimento pela dedicação da referida Professora e sua grande contribuição na alfabetização e letramento de inúmeras crianças e jovens dentre esses o Professor Poeta que teve o privilégio de ser alfabetizado por tão nobre Pessoa.                 Mas tal sugestão não foi aceita,  pois alguns assessores do Prefeito Fernando Correa e o Presidente da Câmara  e outros que se envolveram no projeto até de certa forma ignorando todos os esforços do idealizador da coisa;  para agradar ao Gestor colocaram deram preferência ao nome sugerido pelo mandatário maior do município de Ananindeua. E diante das divergências o Prefeito resolver destituir do cargo aquele que empreendera todos os esforços para que Marituba fosse agraciada sua Biblioteca Publica cujo nome seria o da Mãe do Mandatário máximo do Município naquele momento. 
        E em 13 de setembro de 1990 o Prefeito Municipal de Ananindeua Fernando Corrêa, sancionou a lei que instituiu a Biblioteca Municipal Francisca Maria Corrêa. Data esta, que infelizmente o Professor Poeta que idealizou  e lutou pela concretização da ideia, não já não era mais o Chefe do Departamento de Cultura de Ananindeua, havia sido demitido em virtude da divergência já revelada e de outras divergências políticas. E por isso sequer foi convidado a se fazer presente no ato de inauguração da Biblioteca com a qual tanto sonhou até se tornar realidade..

Edvan Brandão
Publicado Originalmente no site: WWW.edvanbrandão.com.br

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

               AS MAZELAS DO PERÍODO ELEITORAL, A CAMPANHA
                 E A PROPAGANDA “NÃO VENDA O SEU VOTO”
            Já vem se aproximando mais um período eleitoral.  _Lá vem, novamente, a propaganda obrigatória eleitoral “gratuita”. Essa nomenclatura é bastante contraditória, parece até que o povo acredita no faz de conta. É possível que alguém creia, realmente, que a propaganda veiculada na televisão e nas emissoras de rádio seja mesmo gratuita?  _ Como se nós, os contribuintes, não fôssemos, de uma forma ou de outra, os pagantes por essa tal propaganda eleitoral que durante um longo período é veiculada e que, aliás, pouquíssimas pessoas  se propõem a assistir, salvo, por obrigação os assessores jurídicos dos candidatos e os cabos eleitorais desses candidatos. 
                        A propaganda eleitoral na televisão e no rádio seria apenas  mais um instrumento de campanha, mas torna-se algo até agressivo e repulsivo,  da maneira que se nos impõem, tornando-se mais um entre os muitos despropósitos do período eleitoral que se intensifica, quando a grande maioria dos “pretensos defensores do povo”, salvo raríssimas exceções, mostram a cara, após terem ficado longe do povo, nos gabinetes, entre acordos, conchavos, votações de mirabolantes projetos, emendas e resolvendo suas vidas bem como de seus partidos, apresentando-se como pseudo-defensores do povo. Mas do seu povo, ou seja, de seu grupo e partido em primeiro lugar.
            Diretamente ligado às eleições, não menos relevante que o horário eleitoral “gratuito” é o grande volume de dinheiro público, diga-se de passagem, nosso dinheiro, pois tudo sai da grande carga de impostos que somos obrigados a pagar; dinheiro esse, empregado nas campanhas feitas pelo governo com vistas a convencer os cidadãos e as cidadãs a não venderem seus votos.
            Essas campanhas de conscientização, que geralmente se intensificam no período eleitoral, parecem caras demais para o resultado obtido, que é quase nenhum. Fica muito a quem da eficácia obtida por alguns professores que corajosamente conscientizam seus alunos tentando salva-los da alienação.
            Usar uma campanha feita com sofisticado aparato de marketing, só para dizer ao eleitor que ele não deve vender o seu voto, para a grande maioria dos pobres, desempregados, sem teto e sem pão, que amargam a miséria que lhes é imposta, com grande culpa da classe política. _  Do modo que é feito, nos parece um desperdício. E qual é a eficácia de uma campanha dessas? _ Para ser razoável: quase nenhuma!
             Essas campanhas “Não venda seu voto”, realizada pelo aparelho governamental, a cada período eleitoral tem se mostrado cada vez mais ineficaz. Não comove e nem demove de seus sinistros propósitos o seu público alvo, ou seja, os eleitores empobrecidos e em condições de miséria. _ E qual é esse propósito desse eleitor desamparado? _ Não perder a grande oportunidade que o período eleitoral lhe oferece de ganhar um dinheirinho, usufruir nem que seja de uma migalha dos tantos milhões que são gastos nas campanhas eleitorais. Agindo assim, esses eleitores, antecipadamente, abrem mão de seu direito de se fazerem representar em qualquer uma das esferas parlamentares.
            Ao vender ou trocar o seu voto elegendo políticos descompromissados com as causas sociais _ que aos montes se encontram em nosso meio! _ Os eleitores abrem mão de seus direitos. _Direitos esses que a grande maioria desconhece e, por isso, os trocam por uns poucos reais, por um remédio, por uma conta de luz, um botijão de gás, etc. _Mas é uma única e efêmera vez em quatro anos!  _ E depois o que resta a esses eleitores?  _Mais nada!  _É uma prática ilícita e criminosa, muito mais por parte dos políticos que se beneficiam da miséria alheia. E quem vende o voto, ressalvadas as devidas proporções é tão infrator quanto quem o compra.  Mas, quem pode condenar um pobre ignorante, politicamente falando, que vende o seu voto?
            Podemos pedir veemente condenação a esse pobre miserável eleitor cuja necessidade fala mais alto do que qualquer lampejo de consciência? _ Essa prática vai continuar ocorrendo ainda por muitos anos! _ Porque a Justiça é cega usando apenas o tato ela demora demais para encontrar os culpados e quando os acha, quase sempre,  já é tarde!   _ Como se  pode mudar esse quadro daqui a décadas futuras? _ Só por meio da educação através de seus principais agentes, ou seja, os Professores. Esses podem mudar esse quadro.  E aqueles que estão nas mais altas esferas do poder,  sabem muito bem disso, mas preferem ficar  apenas na teoria. É justamente por isso que encontramos como mazelas do Brasil desvios verbas da educação, professores mal pagos, escolas sucateadas, municípios que há anos não fazem concurso público, mantendo no cabresto os servidores contratados, calando a voz crítica e conscientizadora de muitos professores, pois criticar ou esclarecer aos alunos é sinônimo desemprego. Parece o caos, mas ainda não é!
            _ Ainda há esperança mesmo remando contra as mazelas do sistema, um dia pela educação transformaremos esse Brasil.     
                                   Professor Francisco Poeta
  

  O ROMANCE E A NOVELA (Por Orlando Tadeu Ataíde Leite)       Pois bem, vamos lá.       Diferentemente do conto e da crônica o romance e a n...