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BLOG DO PROFESSOR FRANCISCO POETA A finalidade é é apresentar as atividades profissionais, Literárias e sociais do Professor Francisco Poeta
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Madame
Bovary (1857), romance de Gustave
Flaubert, constitui uma das maiores obras da estética realista da Literatura
Francesa. O segredo desse sucesso está no estilo, que consiste na “perfeição da
prosa e na maestria mais absoluta da arte de narrar”.
Esta obra ocupa uma posição central no
gênero romance por vários motivos. Um deles é o fato de ter sido considerado
uma leitura “indecente e corruptora” das mocinhas de família; outro motivo
deve-se ao fato de o escritor ter sido processado pela Sexta Corte Correcional
do Tribunal de Sena por tratar de um tema tão pecaminoso como o “adultério”.
Fora absolvido pelos juízes, mas não pelos críticos puritanos.
O enredo de Madame Bovary impressiona
pela simplicidade, e por tratar com bastante precisão a estupidez humana. A
história começa descrevendo Charles Bovary quando entrou na escola e a
algazarra que provocou nos alunos por possuir um chapéu ridículo, ser tímido,
incompetente e insensível de grande inabilidade. Muitos críticos consideraram
esta descrição inútil, enfadonha. Pode até ser cansativa, mas inútil não é: o
ridículo do chapéu é o símbolo da estupidez de quem o usa.
Assim, durante a narrativa aparecerá
muitos outros chapéus ridículos, como o “boné grego” do farmacêutico Homais, o
chapéu de castor do padre Bournisien e o chapéu elegante, mas já fora de moda
de Rodolphe. Emma, por sua vez, é a mocinha sonhadora, romântica, acreditando
que suas leituras medíocres lhe contam sobre a felicidade proporcionada pelo
amor. Esse mundo todo colorido de ilusões se desfaz tão logo se casa, para
fugir da estreiteza da casa paterna, com o já então médico Charles Bovary.
Um dia, num baile no castelo do vizinho
aristocrático Emma Bovary reaviva seus sonhos românticos, a que tão pouco
responde o marido. Depois disso, Emma cai na aventura com vários amantes.
Primeiro, com Rodolphe, um tipo de Don Juan do campo, que logo a abandona.
Depois com Léon, o jovem empregado de um advogado. Por esse ela perde o
equilíbrio: contrai dívidas através de empréstimos que nunca poderá pagar.
Desesperada e, acuada pela ganância dos credores, suicida-se.
Só depois de sua morte Charles Bovary
descobre a verdade. Fica perturbado sem saber o que pensar. Não se vinga dos
amantes, não toma nenhuma atitude. Perde tudo o que tem para saldar as dívidas.
Depois morre, amargurado, deixando uma filha pequena que vai morar com a avó,
que também morre. Para sobreviver, a tia manda-a trabalhar numa fábrica de
tecidos. Uma história triste e, em parte, sórdida.
O romance se chama “Madame Bovary”. Se
levarmos em conta o título, Emma Bovary seria sua “heroína”. No entanto, a
narração começa e termina com o estúpido Charles Bovary; e nela desempenham um
papel importante na trama o estúpido Don-juanismo de Rodolphe, a estúpida
paixão de Léon, a estupidez do padre farisaico Bournisien e todo esse pequeno
ambiente de província, que não deixa uma saída para Emma nem para ninguém. É
por isso que Otto Maria, em seu ensaio sobre a obra, comenta com grande ênfase:
“o verdadeiro personagem desse romance é a Estupidez humana”.
Fontes
CARPEAUX, Otto Maria. Madame Bovary. In Gustave Flaubert: Madame Bovary. Ediouro, s/d, p. 11-17.
CARPEAUX, Otto Maria. Madame Bovary. In Gustave Flaubert: Madame Bovary. Ediouro, s/d, p. 11-17.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
AMIGO DE MIM
NÂO
DIGAS, AMIGO
NADA ALÉM DO
QUE
PRECISO
OUVIR.
NÃO PENSES,
AMIGO
NOUTRA COISA
QUE
NÃO SEJA O
ELO
QUE UNE DOIS
AMIGOS.
NÃO DEIXES, AMIGO
QUE A MINHA
LÁGRIMA
ESCORRA POR
ENTRE
TUAS MÃOS E
CAIA NO
CHÃO
NÃO ME
ESTENDAS AS TUAS MÃOS
SE ELAS
ESTIVEREM OCUPADAS;
MAS, POR
FAVOR,
FAZE COM QUE
ELAS
ESTEJAM
SEMPRE DEsOCUPADAS
PARA MIM.
NÃO JULGUES
MEU OLHAR
NEM MINHA
ATITUDE,
ANTES DEIXE
QUE
MEUS OLHOS
SE MANTENHAM
PERDIDOS, E
SE UM DIA
ENCONTRARES
MEU OLHAR
VAGANDO DESORIENTADO NO
MUNDO DOS
SONHADORES,
DÁ-ME ELE DE
PRESENTE,
POIS HÁ
MUITO DESEJO
ENCONTRÁ-LO;
E SE ACASO
AO VÊ-LO, SOUBERES DO
MEU SEGREDO,
FINGE PARA
MIM
QUE NADA
SABES E
NÃO
CHORES, AMIGO
POIS NÃO
SABERIA
EU DIZER-TE
PALAVRA
ALGUMA.
De Alda Para Chico UFPA, 08 /06/87
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
O DESFILE ESCOLAR INCOERÊNCIA
Amanhã
teremos novamente o desfile escolar na praça central de Marituba. E o que era
para ser um belo espetáculo, vai novamente ser motivo de preocupação, por conta
dos prejuízos à saúde de muitas pessoas, sobretudo crianças e adolescentes, que
mais uma vez, serão expostas ao sol depois das dez horas, depois das onze,
horas, depois do meio dia e até às três horas da tarde como já ocorreu em vezes
anteriores. E aqui está novamente a
minha crítica a essa prática de impor aos alunos um horário improprio de exposição
ao sol, sem nenhuma proteção a não ser um boné que não protege a pele de
nenhuma criança.
Sou como voz que
clama nesse deserto de incompreensão, já faz um bom tempo. Mas ninguém me dá
ouvidos! _ O que vale é o espetáculo _
segundo os organizadores (e é sempre uma oportunidade do prefeito se promover
perante a comunidade escolar, mesmo diante daquela que está fora de sua alçada
como é o caso do ensino Médio, como tem sido há muitos anos.) Não faço objeção
a esse fato, nem mesmo ao desfile escolar em si. Em que pese o dia da raça,
remonte a uma das práticas militares, entre tantas que ficaram como herança e
que as escolas não se preocupam em esclarecer aos alunos, talvez até por
vergonha!
_ Mas de fato não é ao desfile em si que me oponho. Sou crítico do horário em que ele
se estende, muitas das vezes adentrando à tarde, com crianças já cansadas, com
sede e quase sem nenhum prazer em estar ali, mesmo que tenham manifestado
anteriormente o desejo de participar do desfile.
Não posso deixar de mencionar aqui, minha
tentativa de mudar essa prática, durante dos três meses em que estive a frente
da Secretaria Municipal de Educação de Marituba e que propus descentralizar o
desfile para alguns bairros, com o objetivo de diminuir o número de escolas em
cada dia de desfile, deste modo começaria por volta das 7: 30 (sete e trinta) e no máximo as 10:30 (dez e trinta) da manhã tudo já estaria
finalizado, sem expor crianças pais e professores ao sol escaldante.
_Infelizmente, mesmo naquele período não foi como planejei,
por conta dos atrasos do mandatário em
virtude da sua prática de chegar sempre muito depois dos horários
estabelecidos. Mas ficou a proposta,
pelo visto, também ignorada pela atual gestão. E então, reitero que o que
poderia ser um belo espetáculo até o final, depois das onze horas da manhã,
torna-se uma verdadeira agonia para muitas crianças, para os apaís que ali vão
levar seus filhos para desfilar ou assistir e para os professores que lá estão
a serviço, cumprindo suas obrigações. Do contrário, muitos desses professores
poderão ter descontos em seus salários, caso não compareçam. “Por se tratar de
dia Letivo”.
O fato é que
gostando ou não, muitos professores terão que comparecer para trabalhar, mesmo
que correndo o risco de contrariem uma gripe ou algo dessa natureza em virtude
de se exporem ao sol por longo tempo em horários não recomendáveis.
Seria um belo
espetáculo para todos os que gostam, até mesmo em virtude da grande carência de
opções de lazer para a nossa tão
massacrada população de Marituba. Preocupa-nos, mais ainda, o fato de que nas semanas que se seguem após o desfile muitas crianças e até
mesmo professores são acometidos de gripe em virtude da exposição excessiva e
desnecessária ao sol o que leva a ficarem ausentes da escola. Muitos alunos
correm até o risco de perder o ano letivo ou são levados à recuperação por
causa disso. E como sabemos nossos
postos médicos não tem condições e nem remédios para todas essas pessoas. Mas o que fazer? Quanto mais alertamos e
falamos, mais eles fazem do jeito que acham que deve ser feito sem jamais
avaliarem as consequências negativas de seus atos
Professor Francisco Poeta
sexta-feira, 13 de março de 2015
A PRÁTICA EDIONDA DO CABRESTO
A
PRÁTICA EDIONDA DO CABRESTO
Sou
Professor da Rede Pública estadual, concursado desde 1992, posso até dizer que
tive um pouco de sorte pelo fato de o Governo do estado ter efetuado aquele
concurso no qual fui aprovado, e não posso deixar de lamentar o fato de que os concursos para preenchimento das funções no serviço público são tão demorados. Os governos levam anos e anos para promover
concursos, e levam outros incontáveis anos para irem lentamente preenchendo as
vagas e nesse interim, escolas ficam sem professores, hospitais e postos ficam
sem médicos, enfermeiros, dentistas e outros.
O
mais lamentável de tudo isso, é que as
vagas no serviço público acabam virando
objeto de barganha entre os que estão no poder, daí o desinteresse total em
realizar concursos e então reina a famigerada contratação, muitas delas por
tempo determinado, a qual muita gente mesmo com formação superior,
especialização ou mestrado e até mesmo doutorado, tem que e submeter _ É pegar
ou ficar sem trabalho _ em virtude de não se ter perspectiva de concurso
público tão cedo _ É isso mesmo e nem se
tem para quem recorrer, uma vez que os órgãos de justiça que deveriam obrigar as prefeituras e o próprio estado a
fazer concursos, ao que parece estão
ocupadíssimos com outras coisas e deixam
isso pra lá.
Enquanto
isso, já que estão livres e isentos de incômodos por parte da justiça, os
governantes vão levando em frente a prática do neo-coronelismo, aplicado ao serviço público, principalmente na Educação, onde fazem o que
querem. Há casos de prefeituras como a de Marituba, por exemplo em que menos de 20% daqueles que
trabalham na Educação entraram por concurso público. E a grande maioria é composta de contratados que
recebem salários ínfimos sem
gratificação de titularidade, sem gratificação de função, sem plano de saúde,
mal ganham pelas aulas dadas e quando
são dispensados, às vezes, só ficam
sabendo um, dois ou mais meses, saindo sem lhes seja pago nem mesmo os meses que trabalhou sem
saber que já havia sido dispensado desrespeitosamente.
É
esse o sistema público de Educação na maioria dos municípios. E nem se pode
dizer que a justiça não sabe. Mas como é
a prática no Brasil, a justiça só age se for provocada e por isso mesmo as
coisas vão de mal a pior, por que, qual
é o professor que vai querer denunciar ou “provocar a justiça”, em Marituba,
por exemplo, se ele depende daquele injusto salário e sabe que se for descoberto
como denunciante logo será demitido. E
assim sendo, os prefeitos os vereadores e outros, vão se dando muito bem a
custa da exploração do trabalho, principalmente dos professores e de outros
que atuam nas escolas. Longe de mim, querer
ofender aqueles que tem a mesma
profissão que eu tenho, meus colegas professores., mas é inevitável dizer que
essa forma vil de se administrar os
municípios é muito semelhante aquela
velha pratica dos coronéis que traziam
no cabresto todos aqueles
que de uma forma ou de outra dependiam deles e com os votos dos quais os coronéis eram eleitos ou elegiam aqueles
que lhes interessavam estar no poder.
Infelizmente
é essa a prática macula o serviço público, principalmente a Educação nos
municípios. Os prefeitos se elegem, prometem concurso público, mas suas
intenções são outras, porque bem sabem que um indivíduo concursado, cumprindo
suas obrigações de forma lícita, dificilmente dependerá de se submeter a essa
situação humilhante, ultrajante como se submetem os professores e demais contratados
do serviço público de inúmeros municípios dentre os quais eu destaco Marituba,
onde essa situação é frequente.
Submissão,
cabresto, necessidade, muitos dos que estão no poder nem se dão conta da
dimensão ideológica dessas palavras. Só sabem eles que estão no poder de onde
não querem sair por nada e tudo fazem para ali se manter. Fingem ignorar as
condições de trabalho nas escolas, ignoram os anseios dos professores que
recebem salários abaixo do Piso Nacional. O que vale para eles é manter essa
situação de cabrestamento que eles impõem aos que se sujeitam, por necessidade,
a ocupar temporariamente as vagas no serviço público, destacando aqui, a
Educação. E diga-se, de passagem, não é
qualquer um que consegue ser contratado mesmo havendo necessidade de mão
de obra e muitas escolas com falta de professores.
Cerca de 90 % dos contratados principalmente na
Educação, só conseguem prestar serviço
às prefeituras por terem um vínculo de indicação de um vereador, de um
secretário, ou mesmo proximidade com os
prefeitos. Os demais, raramente conseguem,
pois os prefeitos nem os
vereadores não querem correr o risco de perder um voto sequer. E aí está o
cabresto. E concurso público aterroriza prefeitos e vereadores, principalmente. Esses então, se sentem muito incomodados
quando se fala em concurso público, e nem cogitam em fazer um reles
requerimento solicitando ao prefeito que faça um concurso público. Mesmo porque
os vereadores, em suas práticas, neocolonialista, são como que donos das vagas,
indicam e mandam tocar (dispensar) de
acordo com seus interesses, numa prática de cotas, forma como a maioria dos prefeitos costuma
fatiar as vagas do serviço público entre os vereadores. Muitos tem em escolas verdadeiros batalhões de
indicados como se aquela escola fosse um verdadeiro curral eleitoral. Deste
modo o prefeito fatia as vagas principalmente na Educação onde o vereador
Fulano indica 200, o vereador Beltrano indica 150, o vereador Sicrano indica
100 e assim vai se arrebanhando os professores, os serventes, o pessoal de
secretaria e outros mais... Nem importa a qualidade do serviço, o que importa
para eles é o voto garantido no cabresto da contratação ainda que temporária.
Realmente
é uma forma abominável de se reger um município, usurpando direitos e tratando
o serviço público como verdadeiros feudos, onde
os vereadores detém o comando
indicando junto com o prefeito e é muito cômodo manter sob o seu julgo, no
cabresto os contratados que dependentes desta contratação para poderem garantir sua sobrevivência.Professor Francisco Poeta
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
O QUE É ESTUDAR
Estudar não é mais que procurar
espreitar, buscando o que: o
saber!
_O que não é
tão
fácil encontrar,
pelo tempo
que é preciso desprender,
numa tarefa
que nos pode transformar,
no ato de
buscar o conhecer.
Mas que
valor se dá ao estudar?
Verbo de
ação que faz estremecer.
E a vida
pode se modificar
quando se trilha os caminhos do saber.
Porém, nem todos podem ou querem se doar,
Seguindo
trilhas de renuncia e de sofrer,
Ah, se não é nem um pouco fácil estudar!
Oh, quão
difícil pode ser o aprender,
Quem se
dispões, porém, a procurar,
satisfação
inextinguível pode ter.
O dom da sabedoria
é dado a qualquer um, embora não seja algo assim tão fácil de obter. É como um despertar, ser atingido pelo dom da
descoberta. Porém muitos desprezam e não
dão importância ao estudos por que não
querem e nem conseguem perceber o grau
da importância de estudar, buscar aprender, quase sempre pelo medo de errar,
por isso muitos desprezam e desvalorizam o ato salvador de estudar. Há ainda
aqueles que gostariam de estudar, de aprender, de adquirir conhecimento, mas
infelizmente inúmeras condições adversas não lhes permitem e matam seus sonhos.
Estudar não é tarefa
nada. Ensinar é tarefa menos fácil ainda,
por isso mesmo se inventou a escola delegando-se essa responsabilidade a
pouquíssimos com grande grau de tolerância e disposição para repetidas vezes
passar informações e experiências. Mas
apesar das adversidades estudar pode se tornar uma tarefa prazerosa, mas que requer esforço, sacrifício, doação, disponibilidade. Isso tudo
parece obstáculos a quem quer alcançar
algo diferente em sua vida. Muitos gostariam de ser inteligentes, bem resolvidos, não ter
dificuldade alguma para adquirir conhecimento, mas não querem se dispor, fazer
sacrifício, abrir mão de seu tempo e
dedicar-se a cansativa, desgastante tarefa de buscar conhecimento. E para se
chegar ao conhecimento é realmente necessário passar por esse caminho muitas
vezes tortuoso até que chegue um dia a compensação, a satisfação pessoal e a
certeza de que sem sacríssimo e sem dificuldades talvez o aprendizado, não
tivesse tão grande valor que passa a ter depois que se vence.
Estudar não é
fácil, é mesmo trilha de difícil acesso, mas os resultados são compensadores
para aqueles que conseguem
perceber se dão conta das incontáveis possibilidades que lhes são
abertas a parir do sacrifício, da dedicação de estudar. Sim por que para estudar com dedicação a fim
de se atingir um objetivo, é necessário, muitas vezes, que se abra mão de
inúmeras satisfações imediatas em busca
de um satisfação duradoura, um futuro diferente e muitas vezes de uma vida
melhor.
domingo, 18 de janeiro de 2015
HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA BIBLIOTECA DE MARITUBA
A BIBLIOTECA PÚBLICA DE MARITUBA
O idealizador da Biblioteca na vila de Marituba, bem antes de ter sido cogitada por qualquer um dos outros moradores de Marituba ilustres ou não, foi o Professor Poeta, no ano de 1989, época em que o mesmo estava iniciando o Curso de Licenciatura em Letras na UFPA e exercia o cargo de Chefe do Departamento de Cultura de Ananindeua no primeiro ano de mandato do então Prefeito Fernando Correa. Vendo a dificuldade dos estudantes em fazer pesquisas para realização de trabalhos escolares, que tinham que se deslocar para o Centro Cultural Tancredo Neves (CENTUR). E muitos não iam por dificuldades financeiras, o jovem Professor Francisco Poeta teve a ideia de lutar pela criação de uma Biblioteca Pública na Vila de Marituba e, uma vez amadurecida a ideia, convidou alguns alunos e professores da escola Fernando Ferrari para uma reunião no Salão Paroquial da Igreja Matriz do Menino Deus a fim de fazer a exposição da proposta. E assim o fez. Alguns acharam que era era uma ideia muito boa, outros, porém, acharam que não passava de uma utopia, contudo O Professor Poeta levou a ideia ao Prefeito de Ananindeua Fernando Corrêa que não só aprovou a ideia como encarregou o Professor Poeta de tomar as providências necessárias na tentativa de se criar uma Biblioteca pública em Marituba.
Inicialmente procurou o Diretor da COPAGRO – Companhia Agropecuária do Estado do Pará (agora extinta) e que funcionava no local em que hoje funciona a EMATER em Marituba). A princípio, tendo recebido um ofício com a solicitação o diretor demonstrou pouco interesse, pois não queria abrir mão de uma das casas que pertenciam a COPAGRO em regime de sociedade com o Estado mas diante dos insistentes argumentos do então jovem Professor Francisco Poeta diretor, prometeu pensaria no assunto propondo que em uma semana daria a resposta após consultar seus assessores. Uma semana depois o Diretor disse que concordaria em abrir mão desde que o Governo do Estado concordasse em também abrir mão de sua parte em uma das casas de propriedade das duas instituição para a instalação da tão sonhada Biblioteca Pública. O prédio pleiteado fica localizado no centro da vila de Marituba, bem na esquina da praça Matriz na esquina da rua Cláudio Barbosa da silva com a Travessa Raimundo Barbosa Santana, na época da estrada de Ferro era o prédio que abrigava os trabalhadores solteiros que prestavam serviço para a Estrada de Ferro Belém Bragança, posteriormente no período da COPAGRO, o prédio abrigava o Grêmio recreativo dos funcionários da referida empresa.
O idealizador da Biblioteca na vila de Marituba, bem antes de ter sido cogitada por qualquer um dos outros moradores de Marituba ilustres ou não, foi o Professor Poeta, no ano de 1989, época em que o mesmo estava iniciando o Curso de Licenciatura em Letras na UFPA e exercia o cargo de Chefe do Departamento de Cultura de Ananindeua no primeiro ano de mandato do então Prefeito Fernando Correa. Vendo a dificuldade dos estudantes em fazer pesquisas para realização de trabalhos escolares, que tinham que se deslocar para o Centro Cultural Tancredo Neves (CENTUR). E muitos não iam por dificuldades financeiras, o jovem Professor Francisco Poeta teve a ideia de lutar pela criação de uma Biblioteca Pública na Vila de Marituba e, uma vez amadurecida a ideia, convidou alguns alunos e professores da escola Fernando Ferrari para uma reunião no Salão Paroquial da Igreja Matriz do Menino Deus a fim de fazer a exposição da proposta. E assim o fez. Alguns acharam que era era uma ideia muito boa, outros, porém, acharam que não passava de uma utopia, contudo O Professor Poeta levou a ideia ao Prefeito de Ananindeua Fernando Corrêa que não só aprovou a ideia como encarregou o Professor Poeta de tomar as providências necessárias na tentativa de se criar uma Biblioteca pública em Marituba.
Inicialmente procurou o Diretor da COPAGRO – Companhia Agropecuária do Estado do Pará (agora extinta) e que funcionava no local em que hoje funciona a EMATER em Marituba). A princípio, tendo recebido um ofício com a solicitação o diretor demonstrou pouco interesse, pois não queria abrir mão de uma das casas que pertenciam a COPAGRO em regime de sociedade com o Estado mas diante dos insistentes argumentos do então jovem Professor Francisco Poeta diretor, prometeu pensaria no assunto propondo que em uma semana daria a resposta após consultar seus assessores. Uma semana depois o Diretor disse que concordaria em abrir mão desde que o Governo do Estado concordasse em também abrir mão de sua parte em uma das casas de propriedade das duas instituição para a instalação da tão sonhada Biblioteca Pública. O prédio pleiteado fica localizado no centro da vila de Marituba, bem na esquina da praça Matriz na esquina da rua Cláudio Barbosa da silva com a Travessa Raimundo Barbosa Santana, na época da estrada de Ferro era o prédio que abrigava os trabalhadores solteiros que prestavam serviço para a Estrada de Ferro Belém Bragança, posteriormente no período da COPAGRO, o prédio abrigava o Grêmio recreativo dos funcionários da referida empresa.
Então seguindo em frente com seu projeto o professor Francisco Poeta com o aval do do Prefeito Municipal procurou o Governo do Estado na figura do então Governador Hélio Gueiros que após leitura de ofício enviado alguns dias antes o recebeu em breve audiência audiência. E no mesmo dia acenou positivamente que disponibilizaria o imóvel solicitado, o que o fez, na presença do Prefeito e do Presidente da Câmara Municipal de Ananindeua Sr. Manoel Antunes em audiência posterior ─
assim o Estado desapropriou o imóvel. Assim estava consolidada a primeira etapa de um sonho que se tornaria realidade: Marituba teria sua Biblioteca Pública Municipal.
Após consolidado o processo burocrático para a concretização do sonho distante que se tornava realidade, como nem tudo são flores, houve divergência entre o idealizador da criação da Biblioteca Professor Poeta e o Prefeito e o Presidente da Câmara, pois tendo sido a pessoa que tomou a frente e empreendeu incontáveis esforços para a criação da Biblioteca o Professor Poeta sugeriu que o nome da biblioteca fosse o da Professora alfabetizadora Júlia Freire, em reconhecimento pela dedicação da referida Professora e sua grande contribuição na alfabetização e letramento de inúmeras crianças e jovens dentre esses o Professor Poeta que teve o privilégio de ser alfabetizado por tão nobre Pessoa. Mas tal sugestão não foi aceita, pois alguns assessores do Prefeito Fernando Correa e o Presidente da Câmara e outros que se envolveram no projeto até de certa forma ignorando todos os esforços do idealizador da coisa; para agradar ao Gestor colocaram deram preferência ao nome sugerido pelo mandatário maior do município de Ananindeua. E diante das divergências o Prefeito resolver destituir do cargo aquele que empreendera todos os esforços para que Marituba fosse agraciada sua Biblioteca Publica cujo nome seria o da Mãe do Mandatário máximo do Município naquele momento.
E em 13 de setembro de 1990 o Prefeito Municipal de Ananindeua Fernando Corrêa, sancionou a lei que instituiu a Biblioteca Municipal Francisca Maria Corrêa. Data esta, que infelizmente o Professor Poeta que idealizou e lutou pela concretização da ideia, não já não era mais o Chefe do Departamento de Cultura de Ananindeua, havia sido demitido em virtude da divergência já revelada e de outras divergências políticas. E por isso sequer foi convidado a se fazer presente no ato de inauguração da Biblioteca com a qual tanto sonhou até se tornar realidade..
Edvan Brandão
Publicado Originalmente no site: WWW.edvanbrandão.com.br
Após consolidado o processo burocrático para a concretização do sonho distante que se tornava realidade, como nem tudo são flores, houve divergência entre o idealizador da criação da Biblioteca Professor Poeta e o Prefeito e o Presidente da Câmara, pois tendo sido a pessoa que tomou a frente e empreendeu incontáveis esforços para a criação da Biblioteca o Professor Poeta sugeriu que o nome da biblioteca fosse o da Professora alfabetizadora Júlia Freire, em reconhecimento pela dedicação da referida Professora e sua grande contribuição na alfabetização e letramento de inúmeras crianças e jovens dentre esses o Professor Poeta que teve o privilégio de ser alfabetizado por tão nobre Pessoa. Mas tal sugestão não foi aceita, pois alguns assessores do Prefeito Fernando Correa e o Presidente da Câmara e outros que se envolveram no projeto até de certa forma ignorando todos os esforços do idealizador da coisa; para agradar ao Gestor colocaram deram preferência ao nome sugerido pelo mandatário maior do município de Ananindeua. E diante das divergências o Prefeito resolver destituir do cargo aquele que empreendera todos os esforços para que Marituba fosse agraciada sua Biblioteca Publica cujo nome seria o da Mãe do Mandatário máximo do Município naquele momento.
E em 13 de setembro de 1990 o Prefeito Municipal de Ananindeua Fernando Corrêa, sancionou a lei que instituiu a Biblioteca Municipal Francisca Maria Corrêa. Data esta, que infelizmente o Professor Poeta que idealizou e lutou pela concretização da ideia, não já não era mais o Chefe do Departamento de Cultura de Ananindeua, havia sido demitido em virtude da divergência já revelada e de outras divergências políticas. E por isso sequer foi convidado a se fazer presente no ato de inauguração da Biblioteca com a qual tanto sonhou até se tornar realidade..
Edvan Brandão
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