BLOG DO PROFESSOR FRANCISCO POETA A finalidade é é apresentar as atividades profissionais, Literárias e sociais do Professor Francisco Poeta
quinta-feira, 23 de junho de 2022
- CONHECENDO A LITERATURA PARAENSE
Traços biográficos
Imagem 2: Capa de Zeus ou a Menina e os Óculos, livro de Maria Lúcia Medeiros, com arte de Valdir Sarubi. Acervo pessoal
.Em sua atuação como professora, ajudou a realizar o processo de registro e de tombamento em nível de Estado da Residência da família Medeiros, situada em Bragança, local onde ela costumava se hospedar nas suas visitas à terra natal.
Alguns de
seus livros já foram listados entre as leituras obrigatórias de processos
seletivos da UFPA, assim como em salas de aulas do Ensino Médio por todo o
Estado. Lucinha também ajudou a fundar a Casa da Linguagem, sendo uma de suas
consultoras.
Foi
homenageada na Feira Pan-Amazônica do Livro no ano de 2004, com um sarau
intitulado “O elemento fabuloso da narrativa de Maria Lúcia Medeiros”. No mesmo
evento, o curta-metragem Chuvas e Trovoadas, filme
baseado na obra homônima de Lucinha foi apresentado, sob a direção de Flávia
Alfinito. No filme ambientando em Belém, quatro moças são estudantes de corte e
costura em algumas tardes do período da Belle-Époque amazônica.
A película
de Flávia Alfinito, produzida de forma independente, conta com a narração do
ator José Mayer e a participação das atrizes Patrícia França, Suzana Faine,
Andréia Rezende, Andreia Paiva e Francis, recebendo o prêmio de Melhor
Fotografia no Festival de Gramado, principal premiação do cinema brasileiro, em
1995.
O último
texto escrito por Maria Lúcia Medeiros, na Ilha de Mosqueiro, em abril de 2005,
tinha como título Don Quixote veio de trem, momento em
que ela já estava bastante doente e com boa parte de seus movimentos
comprometidos (clique aqui para ler o texto).
Em suas
passagens por Bragança, sempre visitava amigos e conversava com seus contemporâneos,
além de participar de eventos. Entre esses eventos, participou da VII Feira de
Ciências da EEEFM Bolívar Bordallo da Silva, acompanhada da Prof.ª Mariana
Bordallo, mantendo contato com professores e alunos daquele estabelecimento de
ensino, em especial, no Projeto Revivendo Bragança.
quarta-feira, 22 de junho de 2022
HISTÓRICO DA ACADEMIA DE LETRAS MARITUBENSE – ALMARI Academia Maritubense de letra de Letras, teve suas origens relacionada a uma feira de apresentações de atividades escolares a que costumavam denominar de feira do livro ocorrida de 04 a 07 de dezembro de 2017. Encontravam-se nessa feria as escritoras Luciane Cunha, Lia Oliveira, Margaret Resque e os escritores Francisco Poeta, Luís Bernardino, Eloísio Vasconcelos, Francisco Teotônio, Edvan Brandão, além do compositor Dilton Oliveira, autor do Hino de Marituba e que era um dos coordenadores daquele evento escolar. No último dia do referido evento a escritora Luciane cunha propôs que os escritores ali presentes passassem a se encontrar para troca de informações e até mesmo ajudar-se mutuamente, assim seria criada uma associação de poetas e escritores de Marituba. Com esse propósito, fizeram a primeira reunião no dia 14 de dezembro de 2017 na biblioteca Pública denominada Reunião de Escritores e Poetas de Marituba, conforma ata elaborada pela escritora Luciane Cunha. Fundava-se ali a Associação Letras e Artes de Marituba (ALAM). Mas logo na reunião seguinte, ou seja, na segunda reunião, realizada da em janeiro de 2018, o Professor Francisco Poeta Propôs que ao invés de uma simples associação se criasse uma Academia. E assim então surgiu a Academia de Letras Maritubense ideia que foi acatada por todos os 09 escritores que se reuniam na Biblioteca pela 2ª vez, tendo como seus criadores: Luciane Cunha, Lia Oliveira, Margaret Resque e os escritores Francisco Poeta, Luís Bernardino, Eloísio Vasconcelos, Francisco Teotônio, Edvan Brandão) aquele mesmo grupo de escritores que se reuniu desde aquela pseuda feira de livros. Na 3ª Reunião realizada também em janeiro de 2018 veio somar-se ao grupo o escritor Dilermando Serrão que a convite do Professor Poeta passou a integrar o grupo que aos poucos cresceria. Assim realizaram-se mais quatro reuniões em 2018. Em 2019 outros escritores vieram fazer parte da Academia para discussão de uma proposta de Estatuto elaborada pelo Professor Poeta e que aos poucos foi sendo aprimorada, neste mesmo ano o Escritor. Apenas 04 Reuniões foram realizadas no ano de 2019 e a Academia já contava com 16 membros efetivos cuja maioria frequentou as 05 reuniões realizadas com o intuito de aprimorar o Estatuto. Em 2020, em virtude da Pandemia só duas reuniões foram realizadas a 1ª em março do e a 2ª em dezembro ano. Em 2021 ingressaram na Academia o Escritor Lázaro Falcão tendo o mesmo apresentado a proposta de mudança da nomenclatura de Academia de Letras Maritubense ALM, para Academia Maritubense de Letras cuja sigla é ALMARI, ideia que foi aprovada na 1ª Reunião realizada em fevereiro de 2021. Nesse mesmo período o Escritor Edvan Brandão criou a Logomarca da Academia e O Doutor Lázaro Falcão assumiu os trabalhos de elaboração do Estatuto e do Regimento interno com a colaboração do Professor Francisco Poeta. Em março de 2021 foi aprovado o Estatuto e eleita oficialmente a primeira diretoria conforme ata redigida pela então Secretária Luciane Cunha. De lá para cá seguiram-se as reuniões ordinárias e as reuniões extraordinárias sempre na Biblioteca Pública de Marituba nossa sede Provisória, em parceria com a Secretaria de Cultura e com a Direção da Biblioteca. E tendo se instituído com entidade Literária de grande importância para o Cenário cultural de nosso município hoje orgulhosamente tomamos posse como os imortais das letras e da cultura Maritubense. |
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
O Pré-Modernismo
Contexto histórico
Nos primeiros anos da
República, o Brasil foi governado por presidentes militares, era a República da
espada, 1889 a 1894; seguiram-se presidentes ligados as oligarquias rurais, cafeicultores de São Paulo e pecuaristas de
Minas Gerais que formaram a república do café com leite de
Esse período compreendido
entre 1900 e 1922 caracteriza-se pela convivência de várias correntes e estilos
literários. Ao lado do mundo cor de rosa
das elites estava a miséria do povo. Pouquíssimos foram os escritores que
voltaram os olhos de modo crítico para a realidade brasileira porque nesse
período ainda predominava o Parnasianismo e os escritores dessa corrente
estavam mais preocupados com o prestígio
social que a literatura podia lhes dar, muito mais do que com as questões
sociais desse período. Mas nesse mesmo período começa a surgir um grupo de
escritores preocupados em interpretar a
realidade brasileira revelando as tensões e os problemas sócio políticos
daquele período.
O Pré-Modernismo não é propriamente uma escola literária, designa
genericamente o período que abrange as duas primeiras décadas do século XX e
que veio criar condições para o
surgimento do Modernismo. Algumas datas podem servir de balizamento para o
período pré-modernista: Em 1902, duas
publicações podem ser tomadas como ponto de partida para o Pré-Modernismo:a publicação
de Canaã, de Graça Aranha que exprime uma visão pessimista do homem brasileiro
abordando o problema dos imigrantes europeus e a publicação de Os sertões de autoria de Euclides da Cunha.
Os pré–modernistas Lima
Barreto, Euclides da Cunha Graça Aranha
e Monteiro Lobato, foram escritores que viram com olhos críticos a realidade
nacional do começo do século XX, construindo uma obra renovadora, faz parte
desse grupo destacando-se na poesia o escritor Augusto dos Anjos. Alguns desses
escritores destacaram tanto no pré-modernismo quanto no Modernismo.
EUCLIDES DA CUNHA:
Nasceu em 1866 e morreu em 1909. Não alcançou o Modernismo. Sua
obra máxima foi Os Sertões, um ensaio sociológico e histórico em torno
da Guerra de Canudos sob uma óptica positivista e determinista. A obra divide-se
em três partes:
- A terra:
descrição minuciosa do Nordeste em seus aspectos geográficos e físicos;
_O homem:os tipos regionais brasileiros, frutos da miscigenação
entre o branco, o índio e o negro que deu origem ao sertanejo e ao jagunço
fabricado pelo meio em que vive, árido, seco, rústico e perigoso
A luta: retrato dos
conflitos, das lutas entre os jagunços e as quatro expedições de soldados até o
extermínio de Canudos.
MONTEIRO LOBATO: Paulista de Taubaté nasceu em 1882 e morreu
em 1948. Embora fosse um escritor que acreditava no progresso, cometeu o
equívoco momentâneo de criticar os modernistas de 1922 que buscavam uma arte de
reforma, concordando posteriormente com eles.
Monteiro Lobato, apesar de
destacar-se na literatura geral com temas voltados para o público adulto, seu
maior destaque foi na Literatura infanto-juvenil brasileira sendo considerado o
criador da literatura infantil no Brasil.
AUGUSTO DOS ANJOS: Nasceu no Engenho Pau D’arco no Pará e
morreu em Leopoldina, minas Gerais. Foi poeta cuja obra caracteriza-se pela
crueza de temas que giram em torno da
morte, da doença, sempre crítico e com uma linguagem exótica, agressiva, carregada de termos científicos, retrata a
angústia, e o sofrimento humano, com acentuado grau de inquietação filosófica, sobre o enigma do universo e da própria vida.
Vejamos dois de seus mais intrigantes poemas:
VERSOS ÍNTIMOS Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de sua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera – Foi tua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do
escarro, A mão que afaga é a mesma que
apedreja. Se alguém causa inda pena a tua
chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija! Augusto dos Anjos |
Profundissimamente
hipocondríaco, Já o verme —
este operário das ruínas – Anda a espreitar
meus olhos para roê-los, |
FRUTOS DE UMARI
Esse é o umari original, comestível e muito saboroso, do tipo que havia
em Marituba e foi extinto. Aliás havia em Marituba dois tipos de umari: o umari
liso, todo amarelo quando maduro e o umari pirento que apesar de amarelo,
também, quando maduro, apresenta umas
pintinhas pretas. Esses dois tipos ainda existem em abundância em Sto Antônio
do Tauá. Aquela árvore de umari que temos em frente a Igreja Matriz de Marituba
é de umari-boi, foi trazida de Terra Alta , não é originária de Marituba e os
frutos não são comestíveis.
domingo, 24 de outubro de 2021
ESCOLA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - ENSINO MÉDIO REGULAR PROFESSOR FRANCISCO POETA - LITERATURA BRASILEIRA CONTEÚDO PARA TURMAS DE 3º ANO
O Modernismo no Brasil
O modernismo no Brasil foi um movimento artístico,
cultural e literário que se caracterizou pela liberdade estética, o
nacionalismo e a crítica social.
Inspirado pelas inovações artísticas das vanguardas
europeias (cubismo, futurismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo), ele
teve como marco inicial a Semana de Arte Moderna,
que aconteceu entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo.
Naquele
período, no Brasil, o cenário era de
insatisfação, pois muitas pessoas consideravam a política, a economia e a
cultura estagnadas. Parte disso estava relacionado com o modelo político
vigente baseado na política do café com leite.
Com o
poder concentrado nas mãos de grandes fazendeiros, paulistas e mineiros se
revezavam no poder. Isso ocorreu até 1930, quando um golpe de estado depôs o
presidente Washington Luís, pondo fim à República velha. Foi nesse cenário de
incertezas que um grupo de artistas, empenhados em propor uma renovação
estética na arte, apresentam um novo olhar, mais libertário, contrário ao tradicionalismo
e o rigor estético. Assim, surge a
Semana de Arte Moderna, liderada pelo chamado “Grupo dos cinco”: Anita
Malfatti, Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Tarsila do
Amaral.
Esse
evento, que reuniu diversas apresentações e exposições, colaborou com o
surgimento de revistas, manifestos, movimentos artísticos e grupos com
experimentações estéticas inovadoras. Tudo isso permitiu consolidar as ideias
modernistas e inaugurar o movimento no país.
Contexto histórico do modernismo
no Brasil
O
modernismo no Brasil surge logo após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que
levou a morte de milhares de pessoas, a destruição de diversas cidades e a
instabilidade política e social. Assim, numa tentativa de reestruturar o país
politicamente, e também o campo das artes - estimulado pelas vanguardas
europeias -, encontra-se a motivação para romper com o tradicionalismo.
No país,
o movimento modernista surgiu na segunda fase da República velha (1889-1930),
chamada de República das Oligarquias ou República do café com leite. Nesse
contexto, o poder era revezado entre paulistas e mineiros e dominado por
aristocratas fazendeiros. Em decorrência disso e do aumento da inflação que
fazia aumentar a crise e propulsionava greves e protestos, o momento era de
insatisfação. Ao mesmo tempo, o movimento tenentista ganhava força e tentava
derrubar o esquema das oligarquias, cujo poder estava concentrado nas mãos das
elites agrárias tradicionais.
Algumas
revoltas que aconteceram nesse momento pelos tenentistas foram: a revolta do
forte de Copacabana, em julho de 1922, no Rio de Janeiro; a revolta paulista de
1924, que ocorreu na cidade de São Paulo; e a Coluna Prestes (1925-1927). Todas
elas reivindicavam o fim da República Velha e do sistema oligárquico. A crise econômica gerada pela quebra da bolsa
de valores de Nova Iorque, em 1929, acelerou esse processo e essa mudança foi
alcançada com a Revolução de 30. Assim, um golpe de estado depôs o presidente
Washington Luís e marcou o fim da República velha. Começa, então, a Era Vargas
que durou até 1945, ano que termina da Segunda Guerra Mundial.
Fases do modernismo no Brasil
O modernismo no Brasil foi um longo período
(1922-1960) que reuniu diversas características e obras, por isso, esteve dividido em três fases, também chamadas de
gerações:
· Primeira fase modernista (1922-1930) - a fase
heroica ou de destruição
· Segunda fase modernista (1930-1945) - a fase de
consolidação ou geração de 30
· Terceira fase modernista (1945-1960) - a geração de
45
Primeira fase modernista no
Brasil (1922-1930)
A primeira fase do modernismo esteve voltada para a busca de uma identidade
nacional. Nesse momento, diversos artistas aproveitaram a agitação causada pela
semana de arte moderna para romper com os modelos preconcebidos que, segundo
eles, eram limitados e impediam a criatividade.
Inspirado nas ideias das vanguardas artísticas europeias, os artistas
buscam uma renovação estética. Por esse motivo, ela é conhecida como a
"fase heroica", sendo a mais radical de todas. É também chamada de
"fase de destruição", pois propunha a destruição dos modelos que
vigoravam no cenário artístico-cultural do país.
A
consolidação de uma arte genuinamente brasileira possibilitou a valorização da
cultura e do folclore. Junto a isso, os artistas estabelecem a liberdade
formal, rompendo com a sintaxe e utilizando uma linguagem mais coloquial para
se aproximar da fala cotidiana. Muitas revistas e manifestos foram criados, o
que fez surgir alguns movimentos, dos quais se destacam: o movimento
pau-brasil, o movimento antropofágico, o movimento regionalista e o movimento
verde-amarelo.
As vanguardas europeias
Chamamos de
Vanguardas Europeias o conjunto de tendências artísticas – em
sua maioria provenientes de Paris, então, centro cultural da Europa – que
provocou ruptura com a tradição cultural do século XIX. As correntes de
vanguarda surgiram antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial,
introduzindo uma estética marcada pela experimentação e pela subjetividade que
influenciaria fortemente diversas manifestações artísticas em todo o mundo. As
vanguardas apresentaram ao mundo uma nova maneira de fazer Arte, pautada na
liberdade de criação e no rompimento com o passado cultural tradicionalista.
Cubismo:
Les
demoiselles d\'Avignon, de Pablo Picasso, deu início ao Cubismo, uma das
tendências artísticas das Vanguardas Europeias, no início do século XX. O Cubismo deixou suas marcas ao
imprimir novas técnicas narrativas que fragmentavam a realidade e permitiam uma
desconstrução da visão clássica sobre o tempo e o espaço. Na Literatura
Brasileira, sua influência pode ser percebida através da leitura do livro Memórias
Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade.
Futurismo:
Difundido principalmente através de manifestos, o Futurismo foi o movimento
mais radical e subversivo entre as tendências vanguardistas. No Brasil,
características do Futurismo podem ser percebidas na obra literária de Mário de
Andrade.
Expressionismo: Tendência
artística que valorizava a subjetividade, o Expressionismo surgiu no começo do
século XX, representado por pintores alemães e franceses. Opondo-se à estética
impressionista, os expressionistas preconizavam a arte como elemento legítimo
para expressão dos sentimentos do artista.
Dadaísmo: Criado
na Suíça durante a Primeira Guerra Mundial, o Dadaísmo surgiu como resposta ao
clima de instabilidade provocado pelo conflito bélico. Sua principal
característica era uma linguagem permeada pelo deboche e pelos ilogismos dos
textos, além da aversão a qualquer conceito racionalizado sobre a arte.
Surrealismo: Surgido
na França em 1924, o Surrealismo defendeu a criação através das experiências
nascidas no imaginário e da atmosfera onírica. Na Literatura Brasileira,
influenciou escritores como Oswald e Mário de Andrade e, posteriormente, Murilo
Mendes e Jorge de Lima.
Características da
primeira fase do modernismo no Brasil
· Foi fase mais radical
e nacionalista;
· Buscava uma identidade nacional;
· Defendia a
liberdade formal com rupturas da sintaxe;
· Enfatizava a
presença de regionalismos e linguagem informal;
· Enfatizava a
valorização do folclore, arte e cultura popular brasileira;
· Defendia o uso de versos livres, que não possuem
métrica (medida);
· Defendia uso de
versos brancos, com ausência de rimas;
· Defendia a livre
utilização do sarcasmo e da ironia nos textos literários.
Autores e obras da primeira fase modernista no Brasil Os escritores e as obras mais relevantes da primeira geração modernista, foram:
· Mario de Andrade
(1893-1945) - Obras: Paulicéia Desvairada (1922), Amar,
Verbo Intransitivo (1927) e Macunaíma (1928).
· Oswald de Andrade
(1890-1954) - Obras: Os condenados (1922), Memórias Sentimentais
de João Miramar (1924) e Pau Brasil (1925).
· Manuel Bandeira (1886-1968) - Obras: A cinza das horas (1917), Carnaval (1919) e Libertinagem (1930)
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público
com livro de ponto expediente
protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor.
Estou farto do lirismo
que pára e vai averiguar no dicionário o
cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
O lirismo dos clowns de Shakespeare
1. Dentre as tendências da vanguarda europeia que influenciaram o modernismo brasileiro destacaram-se:
a)
Futurismo, Expressionismo, Cubismo, dadaísmo e Surrealismo
b)
Romantismo, Mimetismo, Realismo, impressionismo e, Dadaísmo
c)
Futurismo, Anarquismo, Dadaísmo e Impressionismo
d)
Dadaísmo, Impressionismo, Anarquismo e
Futurismo
2ª -QUESTÃO
PRONOMINAIS
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(Pronominais, Oswald de Andrade)
Oswald de Andrade foi um dos principais autores da primeira fase do
modernismo no Brasil. Na poesia acima, o escritor propõe:
a) a busca de uma
identidade universal.
b) a valorização da linguagem coloquial brasileira.
c) uma crítica aos maus hábitos, como o tabagismo.
d) enfatizar a relação entre professor e aluno.
e) o repensar uso do português do Brasil.
3. Associe as colunas de acordo com as
informações sobre os movimentos de vanguarda europeia:
( 1 ) DADAISMO
( 2 ) EXPRESSIONI
( 3 ) CUBISMO
( 4 )
FUTURISMO
( ) Propunham rompimento e abandono do
passado
( ) Não refletia nenhum significado lógico
( ) Pregava oposição as regras do mundo oficial
( )
Representação do mundo de forma reorganizada
a) 4, 3, 2, 1
b) 4, 1, 2, 3
c) 3, 2, 4, 1
d) 2,1,4,3
— Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
4. A primeira geração modernista ficou
conhecida como “fase heroica” por tentar criar uma identidade mais brasileira
se afastando dos moldes europeus. Assim, houve diversos grupos, revistas e
manifestos que foram criados nesse momento, exceto:
a) Movimento Verde-Amarelo
b) Revista Klaxon
c) Movimento Pau-Brasil
d) Movimento Antropofágica
5. A Semana de arte moderna, ocorrida
em 1922, inaugurou o movimento modernista no Brasil. A primeira fase do
modernismo literário brasileiro, que durou de 1922 a 1930, teve como principal
característica:
b) linguagem rebuscada e acadêmica.
c) valorização das raízes culturais brasileiras.
d) pessimismo e oposição ao romantismo.
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